sábado, 31 de outubro de 2009

Resenha de "Adam Smith em Pequim", de Giovanni Arrighi, por Amaury Porto de Oliveira


Indico aos meus leitores este texto do embaixador Amaury Porto de Oliveira que tinha guardado e que da elementos muito importantes para o conhecimento do processo chinês. Amaury foi embaixador do Brasil em Cingapura e converteu-se num dos mais importantes conhecedores dos processo asiáticos entre nós.

Giovanni Arrighi
Adam Smith em Pequim – Origens e Fundamentos do Século XXI
São Paulo: Boitempo, 2008.


O lançamento, em meados de maio de 2008, da tradução brasileira do último livro de Giovanni Arrighi, menos de um ano após a publicação do original nos EUA, é acontecimento a ser assinalado. Não apenas pelo valor intrínseco da obra, mas também e especialmente – conforme acentua Theotônio dos Santos numa rica Apresentação do livro - pela contribuição que essa iniciativa da Boitempo veio dar, à correção do atraso com que tem a intelectualidade brasileira tomado conhecimento dos esforços de toda uma plêiade de cientistas sociais, nos EUA, na Europa e no Leste Asiático, com vistas ao melhor entendimento de aspectos fundamentais do mundo moderno. Considere-se, a esse respeito, que Arrighi dedicou seu trabalho a Andre Gunder Frank (falecido em 2005), em consideração a escrito de 1996, ReOrient. Trata-se de uma das obras centrais do esforço de revisão sociológica a que me referi acima, até hoje não traduzida no Brasil, onde continuamos a associar Gunder Frank a teses suas dos anos de 1960, em torno do desenvolvimento do subdesenvolvimento.

Em ReOrient: Global Economy in the Asian Age (Berkeley, University of California Press, 1988), Gunder Frank procede à exegese de colossal massa de fontes secundárias para revirar de cabeça para baixo a interpretação do mundo segundo Marx, Weber e outros teóricos, entre os quais Polanyi, Rostow, Braudel e Wallerstein. Frank procura explicar a Ascensão do Ocidente em termos econômicos e demográficos, a partir de 1400, numa grande síntese que relaciona tal ascensão com o declínio do Oriente, iniciado ao redor de 1800. Esse esforço de Gunder Frank insere-se nas conclusões de um grupo crescente de estudiosos, para os quais o ressurgimento da China, seja qual for o resultado final desse fenômeno, dá consistência à tese de que existe uma diferença histórica fundamental, de alcance mundial, entre os processos de formação do mercado e os processos de desenvolvimento capitalista.

O próprio título do livro de Arrighi, a provocadora identificação de Pequim como o destino histórico das formulações de Adam Smith, ganha significado quando o autor evoca, logo no título do seu primeiro capítulo, um ensaio de 1971 do filósofo marxista Mario Tronti, chamado “Marx em Detroit”. A tese de Tronti era expressão da crise de identidade por que passava o marxismo, ao ver sua pretensão de teoria do desenvolvimento capitalista e doutrina da transformação socialista incessantemente migrar do centro para locais cada vez mais periféricos do capitalismo mundial. Na década de 1970, precisavam os marxistas recorrer a Lênin para começar a entender a guerra imperialista que lavrava no Vietnam. Nesse contexto, um grupo importante de marxistas ocidentais, dos dois lados do Atlântico, redescobria o processo de produção e os conflitos de classe no local do trabalho, matéria do Vol. I de O Capital, morando ocultamente nas rixas entre patrões e trabalhadores, nos centros industriais dos EUA.

Em Adam Smith em Pequim, Arrighi leva adiante a controvérsia, exaustivamente elaborada por Gunder Frank, a propósito de quando começa a ser correto dizer que a Europa assume o posto de centro da economia global. Arrighi retira dos esforços de Frank sobretudo a distinção
entre o desenvolvimento da economia de mercado e o desenvolvimento capitalista, propriamente dito. Essa distinção permite a Arrighi formular uma das teses centrais do seu livro, que sintetizarei aqui usando suas próprias palavras (pg. 56). Há dois tipos diferentes de desenvolvimento econômico baseado no mercado. Um tipo ocorre dentro de determinado arcabouço, mas sem alterá-lo de modo fundamental. Podem ocorrer mudanças capazes de aumentar ou reduzir o potencial do crescimento econômico, mas elas nascem de processos e ações de natureza não econômica e não dentro do processo de crescimento. Já o segundo tipo de desenvolvimento econômico baseado no mercado tende a destruir o arcabouço social dentro do qual ocorre, e a criar condições (não necessariamente concretizadas) para o surgimento de novos arcabouços sociais com potencial de crescimento diferente.

Arrighi identifica o primeiro dos tipos acima com as noções de crescimento Smithiano e de Revolução Industriosa usadas no seu livro, e de que tratarei adiante. Chama desenvolvimento Schumpeteriano ou Marxiano, conforme o contexto, o desenvolvimento do segundo tipo, associado à Revolução Industrial.

Para a plêiade de historiadores e cientistas sociais por trás de todas essas elucubrações, as meticulosas análises comerciais, financeiras, demográficas, etc., por eles levadas a cabo, mostram a existência desde séculos atrás de um sistema econômico global, baseado fundamentalmente na Ásia (Índia e China funcionando como os dois grandes centros estruturadores), e no quadro do qual a Europa figurou até a altura do século XIX como um apêndice secundário. Foi graças, sobretudo, ao acesso privilegiado dos europeus às riquezas naturais das Américas, e à oportuna abundância de combustíveis fósseis na Europa do Norte, que veio a ocorrer o grande salto de crescimento econômico distanciando a Europa da Ásia. A “Grande Divergência” é a denominação consagrada, recolhida por Kenneth Pomeranz para título de uma das obras que fornecem o pano de fundo do livro de Arrighi (Kenneth Pomeranz, The Great Divergence. Princeton: Princeton University Press, 2000). Adam Smith, escrevendo em 1776, ainda asseverou: “A China é país muito mais rico do que qualquer parte da Europa.” No seu clássico A Riqueza das Nações, Smith não antecipou mudanças em tal situação, e não demonstrou ter consciência de que estava iminente a “Revolução Industrial”. Ele morreria antes da sua eclosão.

Outro autor com contribuição de importância para o livro de Arrighi é K. Sugihara, um dos formuladores da noção de “Revolução Industriosa” (Kaoru Sugihara, “The East Asian path of economic development. A long-term perspective”, in Giovanni Arrighi et al., The Resurgence of East Asia. New York: Routledge, 2003). Arrighi dá destaque ao texto de Sugihara, vendo-o como pioneiro na tentativa de construir um modelo abrangente da origem, evolução e limites da Grande Divergência. Embora concordando substancialmente com a descrição desse fenômeno feita por Pomeranz, Sugihara a enriquecera, ao enfatizar as grandes diferenças de proporção homem-terra entre as regiões centrais da Ásia oriental e da Europa ocidental, antes de 1800, tanto como causa como quanto efeito da Revolução Industriosa da Ásia oriental. Do século XVI até o século XVIII,
na descrição de Sugihara, o desenvolvimento de instituições que absorviam mão-de-obra e de tecnologias que faziam uso intensivo da mão-de-obra como reação às restrições de recursos naturais (principalmente a escassez de terra) permitiu que os Estados da Ásia oriental tivessem grande aumento populacional, acompanhado não da deterioração e sim de melhora, embora modesta, do padrão de vida. Essa fuga às limitações Malthusianas foi especialmente notável na China, cuja população cresceu várias vezes, atingido 150 milhões de habitantes.

É de notar que, ao aplicar o conceito de Revolução Industriosa à China, Sugihara não tem em vista algum tipo de preâmbulo à Revolução Industrial. Ele vê o mercado se desenvolvendo, mas por caminho distinto do modelo desenvolvimentista de uso intensivo de capital e energia, que iria ser iniciado pela Inglaterra e levado ao extremo pelos EUA. A principal afirmação de Sugihara – acentua Arrighi – é que a instrumentalidade da Revolução Industriosa na Ásia oriental manteve a região naquela rota alternativa, de acumular capacitação tecnológica sem desapropriação da terra, caminho fundamental para a configuração das respostas a serem dadas aos desafios e oportunidades trazidos pela Revolução Industrial ocidental. Por sua vez, essa observação de Arrighi nos permite apreender a grande atualidade do seu livro.
A busca maior de Adam Smith em Pequim é, com efeito, pela resposta a indagação que tem perturbado inclusive partidos comunistas, de se entrou a China em rota de transição para o Capitalismo. Arrighi admite que sob a Terceira Geração de dirigentes, comandada por Jiang Zemin, pareceu plausível dar resposta positiva. Mas a Quarta Geração, de Hu Jintao e Wen Jiabao, está recolocando o problema na rota implícita nas reformas de Deng Xiaoping. Para Arrighi, o que tem confundido os observadores é a natureza Smithiana, de desenvolvimento apoiado no mercado, em vez do desenvolvimento de tipo capitalista estudado por Marx, das reformas Dengistas. Deng Xiaoping usou o mercado como instrumento de dominação, introduzindo as reformas de modo gradual para não perturbar a tranqüilidade pública. Fez os capitalistas, não os trabalhadores, competirem entre si, reduzindo o lucro ao mínimo tolerável. Encorajou a divisão de trabalho entre unidades de produção e comunidades, e não no interior delas, investindo paralelamente na educação, a fim de contrabalançar o efeito negativo da divisão de trabalho para a qualidade intelectual da população. Deu prioridade à formação do mercado interno e ao desenvolvimento agrícola como base principal da industrialização, só depois recorrendo ao capital estrangeiro e ao comércio exterior, e ainda assim com o cuidado de fazê-lo através da mediação da diáspora chinesa (as ZEEs) e em termos ajustados ao interesse nacional da China.

Apesar do relevo assim dado às características Smithianas do reformismo chinês na década de 1980, Arrighi fez questão de frisar não ser
certo, sequer, que Deng Xiaoping tenha lido Adam Smith. E não era preciso. No começo do século XVIII, quando se consolidou a dinastia Qing, a China viveu outro período de florescimento, com o governo empenhado em aprimorar a agricultura, aperfeiçoar a irrigação e o transporte fluvial, tudo de maneira a compensar desigualdades espaciais e temporais, graças a políticas que estimulavam as tendências do mercado por meio do apoio econômico das periferias internas. O governo Qing apoiou-se nos mecanismos de mercado para alimentar a imensa e crescente população, fazendo da China do século XVIII um belo exemplo do caminho “natural” para a o opulência, que ainda ia ser teorizado por Smith. A China – como acentua Arrighi – tornar-se-ia fonte de inspiração para os defensores europeus do absolutismo benévolo, da meritocracia e de economias nacionais prósperas com apoio no mercado. O que distingue essa fase da história chinesa da “economia socialista de mercado”, de hoje, é exatamente o socialismo. A integração na modernidade sociológica trazida pela Revolução de 1949, de cuja dinâmica não se desligou Deng Xiaoping.

Amaury Porto de Oliveira

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Entrevista à Ciência e Luta de Classes

Na revista Ciência e Luta de Classes(edição Ano III, Vol. 3 No. 4) do CEPPES-Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais saiu uma entrevista com Theotonio Dos Santos, que em 18 páginas, cobre suas principais idéias, sua trajetória pessoal, intelectual e de militância e sua análise sobre a realidade contemporânea.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Atividade: MARIGHELLA 40 ANOS

Abaixo cartaz com a programação da atividade sobre os 40 anos da morte de Marighella, no dia 4 de novembro, na Escola de Serviço Social da UFF, com a exibição de vídeo às 16:30h e uma mesa de debate às 18:30h. Theotonio dos Santos será uma dos debatedores (para ver melhor o cartaz é só clicar em cima):

Diccionario Histórico-Crítico del Marxismo

Nueva sección-web en castellano del

Diccionario Histórico-Crítico del Marxismo

http://dhcm. inkrit.org/

Este correo se dirige a organizaciones y personas que representan variados puntos de vista del marxismo plural. Por favor, difundan la noticia de nuestra nueva página y pongan un enlace hacia ésta en sus sitios-web[1] . Ustedes son de gran importancia para este proyecto.


El Diccionario Histórico-Crítico del Marxismo (DHCM) es un proyecto del Instituto de Teoría Crítica de Berlin (Berliner Institut für Kritische Theorie o InkriT). Ha sido proyectado en 15 tomos.
Se trata de un proyecto científico abierto, cuya intención final es la de abrir una base crítica sobre la que poder construir “un mundo donde quepan muchos mundos”, para decirlo con la expresión de los Zapatistas.

Los artículos de los hasta ahora 7 tomos publicados fueron elaborados por autores y autoras de todos los continentes, y redactados finalmente por un grupo científico y de redacción de acuerdo con determinados criterios de composición e investigación. La dimensión del proyecto hace que el número de sus colaboradores y colaboradoras nunca sea suficiente. Por esa razón, ésta es también una invitación a participar en su construcción: como autor(a) de una de las entradas, como participante del taller virtual del DHCM, en la corrección de textos, aportando ideas, aportando ayuda material.

Esperamos que esta página-web sirva como plataforma de trabajo para quienes deseen colaborar discutiendo, traduciendo y produciendo; construyendo en definitiva este taller virtual. –Por eso, mucho de lo que ustedes encontrarán en esta página, será presentado en castellano, en inglés y en alemán.

Colectivo internacional de traducción del DHCM

Instituto de teoría crítica de Berlín

“Se puede usar este ‘Diccionario Histórico-Crítico del Marxismo’ directamente como obra de consulta. Sorprendentemente, uno también puede simplemente trastear en él, para descubrir toda una multiplicidad de cuestiones, en una historia de esperanzas y tragedias, en una confrontación con problemas que siguen abiertos, para los que el marxismo pone a disposición un instrumental que, críticamente revisado y actualizado, continúa siendo necesario.”

(Stefan Howald, Neue Wege, Zürich 2007)

[1] Avísennos si quieren que enlacemos sus páginas a la nuestra!

************ ********* *******

New Spanish Department of the

Historical-Critical Dictionary of Marxism

http://www.inkrit. de/hkwm-int/ index.htm

http://dhcm. inkrit.org/

This mail addresses to organizations and persons who represent the various views of plural Marxism. Please circulate the message about this new site and link us with your websites. You are very important for this project.

The Historical-Critical Dictionary of Marxism (HCDM) is a project of the Berlin Institute for Critical Theory (InkriT). According to plan it will consist of 15 volumes.

It is an open scientific project which aims at the creation of a historical-critical basis of thinking in the perspective of "a world in which many worlds fit" as the Zapatists say.

The entries of the hitherto published 7 volumes were compiled by authors from all continents and edited by a group of scientists according to specific structural and scientific criteria. The size of the project makes the contributions of the co-workers ever appear insufficient. For that reason this is also an invitation to take part in its development as an author of one of the entries, as participant in the virtual HCDM-workshop, in the proof-reading of the texts, in proposing ideas, in providing financial support.

We hope this website will serve as a working platform for those who want to participate in the development of this virtual workshop by joining discussions, doing translations or general production. For that reason the material you will find on this site will be presented in Spanish, English, and German.

The International Translation Collective of the HCDM

Berlin Institute for Critical Theory

"One can use this 'Historical-Critical Dictionary of Marxism' systematically as a referance work. But one can also, somewhat surprisingly, simply browse in it and make manifold discoveries. In a story full of hopes and tragedies, in a struggle with unresolved problems Marxism offers an instrument that, critically examined and updated, continues to be essential."

Stefan Howald (Neue Wege, Zürich 2007)

[1] Tell us if you want reciprocal linking of our websites!

************ ********* *******

Neue spanischsprachige Abteilung des

Historisch-Kritisch en Wörterbuch des Marxismus

http://www.inkrit. de/hkwm-int/ index.htm

http://dhcm. inkrit.org/

Diese Mail richtet sich an Organisationen und Personen, die verschiedene Sichtweisen des pluralen Marxismus repräsentieren. Bitte verbreitet die Nachricht von dieser neuen Seite und verlinkt uns auf Euren Web-Seiten[1] . Ihr seid sehr wichtig für dieses Projekt.

Das Historisch Kritische Wörterbuch des Marxismus (HKWM) ist ein Projekt des Berliner Instituts für kritische Theorie (InkriT). Es ist auf 15 Bände angelegt.

Es handelt sich um ein offenes wissenschaftliches Projekt, dessen Ziel die Schaffung einer historisch-kritisch en Denk-Grundlage ist, in der Perspektive „einer Welt, in der viele Welten Platz haben“, wie die Zapatisten sagen.

Die Stichwörter der bisher erschienenen 7 Bde. wurden von AutorInnen aller Kontinente erarbeitet und von einer Gruppe von WissenschaftlerInne n nach bestimmten Aufbau- und Forschungskriterien redigiert. Die Größe des Projekts lässt die Beiträge seiner MitarbeiterInnen stets ungenügend erscheinen. Deswegen ist dies auch eine Einladung, an seinem Aufbau teilzunehmen: als AutorIn eines der Stichwörter, als TeilnehmerIn der virtuellen HKWM-Werkstatt, bei der Textkorrektur, mit den eigenen Ideen, durch finanzielle Unterstützung.

Wir hoffen, dass diese Web-Seite all denen als Arbeitsplattform dienen wird, die sich durch Diskussion, Übersetzung oder im Allgemeinen am Aufbau dieser virtuellen Werkstatt beteiligen wollen. Daher wird das Material, das Ihr auf dieser Seite findet, auf Spanisch, Englisch und Deutsch präsentiert.

Colectivo internacional de traducción del DHCM

Berliner Institut für kritische Theorie

„Man kann dieses 'Historisch-kritisch e Wörterbuch des Marxismus' gezielt als Nachschlagewerk brauchen. Man kann auch, etwas überraschend, einfach darin schmökern und wird vielfältig fündig werden, in einer Geschichte voller Hoffnungen und Tragödien, in einer Auseinandersetzung mit unabgegoltenen Problemen, für die der Marxismus ein Instrumentarium zur Verfügung stellt, das, kritisch überprüft und aktualisiert, weiterhin notwendig bleibt.“

Stefan Howald (Neue Wege, Zürich 2007)

[1] Sagt uns Bescheid, wenn Ihr wollt, dass wir Eure mit unserer Seite verlinken!

Homenagem à Marta Hanecker

Estimado(a) compañero(a),

El 3 de diciembre próximo, el Centro Internacional Miranda ha decidido hacer un homenaje a Marta Harnecker por sus escritos, su incasable militancia y en ocasión de que este año, 2009, se cumplen 40 años de su primer libro, “Los conceptos elementales del materialismo histórico”.

Quisiéramos contar con tu presencia en dicha actividad porque sabemos que ella siente un especial aprecio por ti. No obstante, conscientes de que podría ser muy difícil para ti viajar a Venezuela, queremos solicitarte especialmente que aportes con un breve trabajo escrito (de no más de 500 palabras) sobre lo que ha significado para ti, tu organización o tu país el trabajo de Marta. Tu contribución será recopilada y publicada en un pequeño libro, por tal razón te solicitamos, si está a tu alcance, nos envies tu contribución individual o colectiva antes del 30 de octubre, para así difundirla en el marco del evento central de homenaje que se realizará en el Teatro Teresa Carreño el día 3 de diciembre.

Te enviamos adjunto la invitación formal para dicho evento en español, ingles, francés y portugués.

Esperamos recibas un muy cordial y afectuoso saludo revolucionario de todo el equipo de trabajo del Centro Internacional Miranda

Atentamente,

Luis Bonilla Molina
Centro Internacional Miranda


Dear friend,

The Centro Internacional Miranda has decided to pay homage to Marta Harnecker for her writings, her tireless activism and to celebrate the fact that 2009 marks the 40th anniversary of her first book "The elementary concepts of historical materialism."
We would like to count on your presence for the event that will be held on December 3, because we know she thinks fondly of you. Nevertheless, conscious of the fact that it might be too hard to travel to Venezuela, we would like to especially request from you a short written piece (no more than 500 words) regarding the significance of Marta's work for you, your organisation or your country. Your contribution will be collated with the rest and published in a small book, which is the reason why we ask that you send us your individual or collective contribution before October 30, in order to have the book ready to give out on the night of the central event which will be held in the Teresa Carreño Theatre on December 3.
Attached is a formal invitation to the event in Spanish, English, French and Portuguese.
Warm revolutionary greetings from all the team at the Centro Internacional Miranda.

Regards

Luis Bonilla Molina
Centro Internacional Miranda

Fonte da foto: site do MEPLA (Memoria Popular Latinoamericana).

Homenagem à MAURICE JACQUES BAZIN (1934 -2009)

Na última segunda-feira à noite faleceu na Casa de Saúde S. José , Rio de Janeiro, em virtude de complicações após cirurgia para pontes de safena, Maurice Bazin. Abaixo publicamos texto de homenagem escrito por David Lerner:

MAURICE JACQUES BAZIN (1934 -2009)
Físico, Professor, Cidadão do Mundo.


Nasceu em Paris, França. Formado na École Polytechnique de Paris. Ph.D. em física nuclear experimental de altas energias pela Stanford University em 1962. Docteur en Sciences, Université de Paris, França, 1975. Honorary Doctor of the University, Open University, Inglaterra, 1993.
Até 1975, foi professor das Universidades de Princeton e Rutgers(USA), e fez parte sempre do coletivo e revista "Science for the People".
Optou por viver na Europa onde foi profesor na Universidade de Évora, e deu cursos na Universidade de Lisboa, na época da "Revolução dos Cravos".
Coordenou oficinas de treinamento de professores de Ciências na África (Angola, Guiné Bissau) através da UNESCO.
Durante o governo Allende ( 1970/73) deu cursos no Chile para professores e para operários em fábricas, colocando em prática suas idéias sobre "ciência para o povo".
Nos anos '70 e '80 foi correspondente da Revista Nature, em Portugal e no Brasil.
A partir de 1979 passa a residir no Brasil onde foi professor da UNICAMP e do Departamento de Física da Universidade Católica do Rio de Janeiro, colaborando intensamente com o Professor Pierre Lucie, dedicando-se à melhoria do sistema de ensino de física básica. Foi pioneiro na divulgação científica e na fornação de professores de
ciência tendo participado ativamente na fundação do primeiro museu interativo de Ciências do Rio de Janeiro, Espaço Ciência Viva.
Nos anos '90 volta aos Estados Unidos e passa a distribuir o seu tempo entre o Teacher Institute do Exploratorium, em São Francisco e as Oficinas Comunitárias de Ciência na Califórnia e no Brasil, onde organizou treinamentos de professores de ciências e participou da revista Ciência Hoje das Crianças.
Foi também membro da Comissão Científica do Pavilhão dos Conhecimentos - Centro Ciência Viva de Lisboa, Portugal.
No inicio dos anos 2000 sua nova passa passa a ser Florianópolis onde colaborou com o jornal A Noticia de Santa Catarina e no jornal da comunidade do Campeche onde foi também diretor de educação e cultura
da Associação dos Moradores (AMOCAM). Como consultor do Instituto Socioambiental (ISA), assessorou os povos indígenas do Alto Rio Negro no reencontro de suas etnomatemáticas. Membro do Instituto de Politica Linguistica (IPOL) assessorou o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Município de Florianópolis.
Em 2007, volta a residir no Rio de Janeiro e retoma uma colaboração ativa com o Espaço Ciência Viva e dá assessoria aos professores de Física no Instituto Nacional de Surdo Mudos. Até o final de sua vida, sempre trabalhou por uma sociedade mais justa e um mundo viável para todos.
Seus amigos e seus ex-alunos lembrarão para sempre do amigo Maurice, sorridente, intenso e ativo, cujos interesses múltiplos o levavam a interagir e participar de tantos projetos socioeducativos bem sucedidos.
Faleceu no Rio de Janeiro, em decorrência de problemas cardíacos e deixa quatro filhos, dois residentes nos Estados Unidos e dois no Brasil.



Editora El Perro y la Rana está finalizando a produção de mais um livro de Theotonio dos Santos

Abaixo a capa do próximo livro de Theotonio dos Santos a ser editado pela editora El Perro y la Rana, "Bendita Crisis, socialismo y democracia en el Chile de Allende". Essa mesma editora publicou anteriormente outro livro do autor, "Conceito de Clase Social", numa tiragem de 60.000 exemplares:

Resenha de "A América Latina e os Desafios da Globalização" no blog do "Prosa e Verso" do "O Globo"


Notícia do "O Globo" (Sábado, 24 de Outubro de 2009) na sessão NO PROSA ONLINE, pag. 5 do suplemento PROSA E VERSO, anunciava que:

"Na segunda feira, 26 de outubro, o blog publica a resenha do livro "A América Latina e os Desafios da Globalização (Boitempo Editorial)", organização de Emir Sader e Theotonio dos Santos, por Francisco Carlos Teixeira da Silva"

www.oglobo.com.br/blogs/prosa

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Copenhagen - 24 de outubro Manifestação Mundial contra Aquecimento Global

Recebi por e-mail este informe importante sobre as manifestações ecológicas por um Tratado Climático Global contra o aquecimento global. Pedimos que retransmita esse informe.

"No próximo Sábado, dia 24 de outubro, serão realizadas manifestações em todo o planeta (em mais de 160 países) para pressionar os governantes do mundo a assinarem em dezembro, em Copenhague, um Tratado Climático Global, que enfrente de maneira vigorosa o aquecimento global.

Talvez seja a última oportunidade de barrar o aquecimento global e assim salvar a vida no planeta.

Por isso esta É A HORA DO PLANETA !

Não há nada mais importante e urgente do que isso!

Para saber mais, acesse este link.

Neste sitio é possível localizar a manifestação prevista mais próxima, como também organizar uma outra se necessário."

Manifesto em memória de Carlos Marighella


EM MEMÓRIA DE CARLOS MARIGHELLA


Carlos Marighella tombou na noite de 4 de novembro de 1969, em São Paulo, numa emboscada chefiada pelo mais notório torturador do regime militar. Revolucionário destemido, morreu lutando pela democracia, pela soberania nacional e pela justiça social.


Da juventude rebelde, como estudante de Engenharia, em Salvador, às brutais torturas sofridas nos cárceres do Estado Novo; da militância partidária disciplinada, às poesias exaltando a liberdade; da firme intervenção parlamentar como deputado comunista na Constituinte de 1946, à convocação para a resistência armada, toda a sua vida esteve pautada por um compromisso inabalável com as lutas do nosso povo.


Decorridos quarenta anos, deixamos para trás o período do medo e do terror. A Constituição Cidadã de 1988 garantiu a plenitude do sistema representativo, concluindo uma longa luta de resistência ao regime ditatorial. Nesta caminhada histórica, os mais diferentes credos, partidos, movimentos e instituições somaram forças.


O Brasil rompeu o século 21 assumindo novos desafios. Prepara-se para realizar sua vocação histórica para a soberania, para a liberdade e para a superação das inúmeras iniqüidades ainda existentes. Por outros caminhos e novos calendários, abre-se a possibilidade real do nosso País realizar o sonho que custou a vida de Marighella e de inúmeros outros heróis da resistência. Garantida a nossa liberdade institucional, agora precisamos conquistar a igualdade econômica e social, verdadeiros pilares da democracia.


A América Latina está superando um longo e penoso ciclo histórico onde ocupou o lugar de quintal da superpotência imperial. Mais uma vez, estratégias distintas se combinam e se complementam para conquistar um mesmo anseio histórico: independência, soberania, distribuição das riquezas, crescimento econômico, respeito aos direitos indígenas, reforma agrária, ampla participação política da cidadania. Os velhos coronéis do mandonismo, responsáveis pelas chacinas e pelos massacres impunes em cada canto do nosso continente, estão sendo varridos pela história e seu lugar está sendo ocupado por representantes da liberdade, como Bolívar, Martí, Sandino, Guevara e Salvador Allende.


E o nome de Carlos Marighella está inscrito nessa honrosa galeria de libertadores. A passagem dos quarenta anos do seu assassinato coincide com um momento inteiramente novo da vida nacional. A secular submissão está sendo substituída pelos sentimentos revolucionários de esperança, confiança no futuro, determinação para enfrentar todos os privilégios e erradicar todas as formas de dominação.


O novo está emergindo, mas ainda enfrenta tenaz resistência das forças reacionárias e conservadoras que não se deixam alijar do poder. Presentes em todos os níveis dos três poderes da República, estas forças conspiram contra os avanços democráticos. Votam contra os direitos sociais. Criminalizam movimentos populares e garantem impunidade aos criminosos de colarinho branco. Continuam chacinando lideranças indígenas e militantes da luta pela terra. Desqualificam qualquer agenda ambiental. Atacam com virulência os programas de combate à fome. Proferem sentenças eivadas de preconceito contra segmentos sociais vulneráveis. Ressuscitam teses racistas para combater as ações afirmativas. Usam os seus jornais, televisões e rádios para pregar o enfraquecimento do Estado. Querem o retorno dos tempos em que o deus mercado era adorado como o organizador supremo da Nação.


Não admitimos retrocessos. Nem ao passado recente do neoliberalismo e do alinhamento com a política externa norte-americana, nem aos sombrios tempos da ditadura, que a duras penas conseguimos superar.


A homenagem que prestamos a Carlos Marighella soma-se à nossa reivindicação de que sejam apuradas, com rigor, todas as violações dos Direitos Humanos ocorridas nos vinte e um anos de ditadura. Já não é mais possível interditar o debate retardando o necessário ajuste dos brasileiros com a sua história. Exigimos a abertura de todos os arquivos e a divulgação pública de todas as informações sobre os crimes, bem como sobre a identidade dos torturadores e assassinos, seus mandantes e seus financiadores.


Precisamos enfrentar as forças reacionárias e conservadoras que defendem como legítima uma lei de auto-anistia que a ditadura impôs, em 1979, sob chantagens e ameaças. Sustentando a legalidade de leis que foram impostas pela força das baionetas, ignoram que um regime nascido da violação frontal da Constituição padece, desde o nascimento, de qualquer legitimidade. E procuram encobrir que eram ilegais todas as leis de um regime ilegal.


Sentindo-se ameaçadas, estas forças renegam as serenas formulações e sentenças da ONU e da OEA indicando que as torturas constituem crime contra a própria humanidade, não sendo passíveis de anistia, indulto ou prescrição. E se esforçam para encobrir que, no preâmbulo da Declaração Universal que a ONU formulou, em 10 de dezembro de 1948, está reafirmado com todas as letras o direito dos povos recorrerem à rebelião contra a tirania e a opressão.


Por tudo isso, celebrar a memória de Carlos Marighella, nestes quarenta anos que nos separam da sua covarde execução, é reafirmar o compromisso com a marcha do Brasil e da Nuestra America rumo à realização da nossa vocação histórica para a liberdade, para a igualdade social e para a solidariedade entre os povos.


Celebrando a memória de Carlos Marighella, abrimos o diálogo com as novas gerações garantindo-lhes o resgate da verdade histórica. Reverenciando seu nome e sua luta, afirmamos nosso desejo de que nunca mais a violência dos opressores possa se realimentar da impunidade. Carlos Marighella está vivo na nossa memória e nas nossas lutas.


Brasil, 4 de novembro de 2009.


Antonio Candido

Fabio konder Comparato, jurista, USP
Fernando Morais, escritor
João Capibaribe, ex- governador do Amapá, e senador
Emir Sader, sociólogo, presidente da Clacso
João Pedro Stedile, ativista do MST
Heloisa Fernandes, socióloga, professora da ENFF, e USP
Frei Betto, escritor
Leonardo Boff, teólogo, escritor
Clara Charf
Silvio Tendler, cineasta
Fabiana Ferreira, poeta
Ana De Holanda, cantora e compositora
Paulo Vanucchi, cientista político.
Eliana Rolemberg, socióloga
Sérgio Muniz - cineasta
Jair Krischke, militante dos direitos humanos.
José Joffily. cineasta
Jorge Durán, cineasta
Manfredo Caldas - Documentarista
Carlos Marés - Procurador Geral do Estado do Paraná, Professor PUCPR
Marcio Curi - cineasta e produtor DF
Ronaldo Duque - cineasta
Luiz Carlos Lacerda [WINDOWS-1252?]– cineasta
Maria Victoria Benevides , sociologa, professora da USP
Janete Capiberibe, deputada federal PSB- Amapa
Marcelo de Barros Souza, benedetino, teólogo e assessor de movimentos populares.
Ivan Pinheiro, secretario geral do PCB
Beth Carvalho, cantora e compositora
José Sérgio Gabrielle de Azevedo, presidente da Petrobras
Artur Henrique da Silva, presidente nacional da CUT
Paulo Betti, ator
Hildegard Angel, jornalista
José Dirceu, advogado, ex Ministro-Chefe da Casa Civil do governo Lula
Vera de Fátima Vieira - Jornalista
Wagner Tiso, musico
Eliseu Gabriel - vereador PSB-SP
Samuel Mac Dowell de Figueiredo, advogado
Marco Antônio Rodrigues Barbosa, advogado
Pedro Casaldaliga, bispo emerito, e poeta
Chico de Oliveira, sociologo
Rebeca de Souza e Silva, professora dra.da UNIFESP, campus Vila Clementino
Antonio Cechin, irmão marista, catequista
Nilcéa Freire - professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
João Miguel, ator
Jackson Lago , governador cassado do maranhao, e PDT-MA
Italo Cardoso, vereador PT-SP
Maria Matilde Leone - Jornalista
Jun Nakabayashi - Sociólogo
Paulo Cannabrava - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais
Margarida Genevois - Socióloga
Paulo Abrão , presidente da Comissão de Anistia
Elza Ferreia Lobo, educadora e jornalista
Idibal de Almeida Pivetta, advogado de presos politico
Graciela Rodrigues, artista plástica
Ausonia Favorido Donato - Educadora
Heleieth Iara Bongiovani Saffioti – Socióloga

Eliete Ferrer - professora

Hosana Ramos – Odontóloga

Aristóteles Zakynthinos – Corretor

Geraldo Moreira Prado – professor

Guilem Rodrigues da Silva - juiz
Margot Queiroz - socióloga

Francisco Roberval Mendes - professor e historiador

Emir Aparecida Martins Paulino – advogada

Delson Plácido Teixeira – Jornalista

Miriam Abramovay - socióloga e pesquisadora

Pedro Albuquerque - advogado e sociólogo

Karla Sant’Anna

Fernando Silva – ator

Edival Nunes Cajá - Sociólogo e Presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa de Pernambuco

Eros Marte – psiquiatra

Roberto de Barros Pereira - engenheiro

Theotonio Dos Santos - economista e sociólogo


Pré-sal: um vídeo bem didático.

Abaixo postamos um vídeo elaborado pela Petrobrás, bem didático, sobre o Pré-sal.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

COMUNICADO n° 29 da resistência Hondurenha


Para ajudar a romper o bloqueio de informações que vigora no Brasil, em particular sobre o golpe de Estado em Honduras e a resistência popular ao mesmo, publicamos mais um Comunicado da resistência.


COMUNICADO No. 29

    El Frente Nacional de Resistencia contra el Golpe de Estado, ante los últimos acontecimientos ocurridos en la Mesa de Negociaciones entre la representación del Presidente Mel Zelaya y del usurpador Gorileti, comunicamos lo siguiente:

  1. Que ningún acuerdo a que haya llegado de forma parcial la Comisión de Dialogo, tendrá validez si no es aceptada por parte de los golpistas la restitución inmediata de Manuel Zelaya Rosales al cargo de Presidente Constitucional de la Republica.

  1. Que observamos falta de voluntad política de parte de los golpistas para acordar el punto antes mencionado, al aplicar tácticas dilatorias pretendiendo que la restitución del Presidente Zelaya dependa de la decisión de otras entidades estatales como el Congreso Nacional o la Corte Suprema de Justicia.

  1. Otra muestra de falta de voluntad política de la dictadura para resolver la crisis, es el hecho de que mantiene el Estado de Sitio al negarse a publicar en el Diario Oficial La Gaceta el Decreto que derogaría esa inconstitucional medida, además de que mantiene una actitud represiva en contra de la Resistencia popular, ya que nos impide ejercer el derecho a la libre movilización, a la libertad de expresión y desata persecución política disfrazada de procesos judiciales en contra de dirigentes populares y funcionarios del presidente Mel Zelaya.

  1. Las actitudes señaladas dejan claro que los golpistas que pretenden es quedarse en el poder utilizando la farsa electoral del 29 de noviembre como medio de legitimación de los candidatos y candidatas golpistas; estrategia que esta condenada al fracaso por que el pueblo hondureño en resistencia no lo va a permitir.

  1. Por todo lo anterior, ratificamos el plazo que vence hoy jueves 15 de octubre a las 12 de la noche para que los golpistas devuelvan la Presidencia a su legitimo titular o, de lo contrario, a partir de mañana aplicaremos una estrategia de desconocimiento activo del proceso electoral.

  1. Alertamos al Pueblo Hondureño a no dejarse sorprender por las maniobras de la dictadura para burlar la voluntad popular mediante campañas desinformativas y lo llamamos a incorporarse a las acciones de Resistencia en todo el país.



NO MAS DILATORIAS A LA RESTITUCIÓN DEL PRESIDENTE ZELAYA

PUBLICACION INMEDIATA DEL DECRETO QUE DEROGA EL ESTADO DE SITIO.

Tegucigalpa, M.D.C. 15 de octubre de 2009

Coordinación Nacional del Frente Nacional contra el Golpe de Estado


Fonte da foto: Página da União da Juventude Comunista de Curitiba.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Três artigos sobre Honduras: as trapalhadas de José Serra; El Sapo y el escorpión: a propósito de Honduras; Las lecciones de Honduras.

Três artigos sobre a situação de Honduras:

As trapalhadas de José Serra


Uma Carta Aberta

Estimado Serra,


Você sabe que sou muito agradecido ao seu gesto solidário de negociar, em 1973, meu asilo na Embaixada do Panamá no Chile e transportar-me até ela enfrentando a violência dos golpistas chilenos. O fato de você naquele momento estar teoricamente protegido pela sua condição de funcionário internacional não diminuí em nada sua coragem pessoal ao ajudar a mim e a outros companheiros ameaçados pelos militares golpistas. Sobretudo, quando alguns dias depois, você mesmo teve que se “abrigar” (como o presidente Manuel Zelaya) na embaixada da Itália, de onde saiu posteriormente para os Estados Unidos. Dias duros aqueles, como os que vivemos também no Brasil em 1964.

Por isto mesmo me supreendem imensamente as suas declarações sobre as “trapalhadas” cometidas pelo governo brasileiro ao “abrigar” o presidente Zelaya para que pudesse encaminhar a luta política para retomar materialmente o cargo que nunca abandonou, pois todos os países membros das Nações Unidas o consideram, em reunião da Assembléia Geral desta instituição, como o presidente legal de Honduras.

É lamentável ver como vários políticos e colaboradores da grande imprensa brasileira, além de seus editorialistas, contestam esta impressionante decisão unanime. É impressionante ver o tratamento que se dá ao presidente eleito de uma república amiga aceitando versões abertamente mentirosas sobre uma suposta inconstitucionalidade de suas ações no poder que justificariam um golpe de Estado contra ele.

Vejamos algumas destas mentiras assumidas pelos políticos de seu partido e ao que tudo indica por você mesmo:

1- Segundo um jurista do próprio PT, Dr. Dalmo Dallari, por exemplo, em artigo publicado na Folha de São Paulo, o presidente Zelaya teria desobedecido ao artigo constitucional (inclusive, de caráter pétreo) que proíbe a reeleição em Honduras ao propor a realização de uma consulta popular, não vinculatória, durante as próximas eleições presidenciais (a famosa “4ª urna”), sobre a conveniência de convocar um plebiscito, este sim vinculatório, sobre a realização de uma Assembléia Constituinte em Honduras.

Portanto, a interpretação de que esta consulta conduziria a uma possível reeleição do presidente Zelaya é um absurdo lógico e jurídico pois já se estaria votando no novo presidente da República quando a população “opinaria” sobre a possibilidade de convocar um plebiscito. Era, pois, materialmente (e não só logicamente) impossível que tal consulta tivesse algo a ver com a possibilidade de reeleição do presidente Manuel Zelaya, como se insinua e se pretende converter em fato jurídico anticonstitucional. Zelaya nunca defendeu a sua reeleição e não propôs nenhuma ação neste sentido. Talvez se esteja tentando extrapolar de maneira absurda para o Presidente Zelaya as condutas de presidentes latino-americanos como Uribe na Colômbia, Fujimori no Peru e Fernando Henrique Cardoso no Brasil, entre vários outros, que sim conseguiram, desde o poder, reformas constitucionais para permitir suas reeleições.

Por que você aceitou estas mentiras Serra? Não vê que isto compromete seu partido e você pessoalmente com uma mentira reconhecida mundialmente? Isto sim me parece uma trapalhada.

2- No mesmo artigo, o antigo jurista do PT, professor Dalmo Dallari, convalida uma versão mentirosa dos graves acontecimentos em Honduras. Segundo ele o presidente Zelaya foi deposto pela Suprema Corte de Honduras. Não é verdade. O presidente Zelaya não foi “deposto” por ninguém. A Suprema Corte expediu uma ordem de prisão do mesmo depois que ele foi substituído pelo Sr. Micheletti, e expulso para Costa Rica. O ato de “substituição” e não de demissão consistiu no seguinte:

No dia 28 de junho, o Congresso de Honduras tomou conhecimento de uma carta falsa, lida pelo seu presidente Micheletti, na qual o Presidente Zelaya se demitia do seu cargo. Foi fundamentado nesta ação criminosa de falsificação que se decidiu dar posse, no seu lugar ao presidente do Congresso. Pretender que um ato fundado numa “falsificação ideológica” seja constitucional é uma afirmação indigna de qualquer constitucionalista. As várias “informações” sobre as “maldades” do Presidente Zelaya feitas pelos mais distintos cúmplices do golpe (Corte Suprema, etc.) não são atos de demissão e sim invenções para reforçar uma situação totalmente ilegal. Se houvesse algum ato legal de demissão nunca se teria necessitado uma carta falsa. Por sinal, o mesmo método tinha sido usado em 2002 no golpe contra Hugo Chávez.

Se se necessita uma “prova” de que a Suprema Corte não demitiu o presidente Zelaya, e nem poderia fazê-lo, tome-se o comunicado da mesma, emitido no dia 29 de junho, um dia depois da “substituição” do presidente por ato não identificado com a Suprema Corte:


“(…) Con fecha 29 de junio de 2009, a raíz de segundo requerimiento fiscal de fecha 26 de junio de 2009, presentado por el Ministerio Publico, contra el ciudadano Jose Manuel Zelaya Rosales, a quien se Ie acusa como responsable, a titulo de autor, de los delitos contra la forma de gobierno, traici6n a la patria, abuso de autoridad y usurpaci6n de funciones en perjuicio de la Administración Publica y el Estado de Honduras, la Corte Suprema de Justicia, por unanimidad de votos, ordeno se remitieron las actuaciones al Juzgado de Letras Penal Unificado, para que se continué con el procedimiento ordinario establecido en el Código Procesal Penal, en vista de que el ciudadano Zelaya Rosales a esta fecha ya no ostentaba el carácter de alto funcionario del Estado.” (os erros de digitação e castelhano são próprios do original que se pode consultar em: http://www.poderjudicial.gob.hn/general/noticias/Comunicado_Especial.htm#)


Restaria a sempre repetida afirmação de que sim houve excesso em tirá-lo de sua casa de madrugada e de pijama. Fica sugerida a idéia de que se o tivessem tirado de manhã e já vestido estaríamos num plano constitucional, apesar de que a constituição hondurenha proíbe a extradição de seus cidadãos. Para políticos que compactuaram com o “banimento” e “deportação” de cidadãos brasileiros durante a ditadura militar, esta cláusula constitucional deve parecer exageradamente democrática... Você também acha isto Serra?

Em que consiste, pois as trapalhadas do governo brasileiro, Serra? Ter “abrigado” o presidente constitucional de Honduras na sua embaixada? Permitir que ele se manifeste e negocie o seu restabelecimento de seu cargo que o Brasil, a OEA, o Tratado do Rio, a Assembléia das Nações Unidas e o Conselho de Segurança da ONU reconhecem, esta seria a “trapalhada”?

Serra, você não vai conquistar a confiança do povo brasileiro com estes “argumentos”. Isto é “politicagem” (e não Política) da pior qualidade. Agora que a presença de Zelaya permitiu retomar o diálogo para a reconstitucionalização de Honduras, suas observações e as de seus aliados que, como vimos, estão até dentro do PT, se mostram uma grande “trapalhada”.

É uma pena Serra que você (como tantos outros) abandonou os ideais de nossa juventude para servir a causas tão mesquinhas. De qualquer forma, continuo agradecido a você por ajudar a salvar minha vida e a de meus parentes e companheiros que se “abrigaram”, como você terminou fazendo, nos territórios soberanos daqueles que usaram seu poder para salvar vidas humanas.

Do amigo, apesar de nossas diferenças,


Theotonio Dos Santos


El Sapo y el escorpión: a propósito de Honduras


Theotonio Dos Santos


Parece que los chistes nos permiten entender mejor a los EEUU:


El escorpión pidió al sapo para transportarlo hasta el otro lado del río. El sapo dijo que no, pues él lo picaría.

“Pero esto es ilógico”, dijo el escorpión, “sí yo te pico moriremos ambos pues yo me ahogaría junto contigo”. El sapo lo creyó y lo transportó.


En la mitad del río el escorpión lo picó. El sapo desesperado protestó: “Pero vamos a murir ambos. Tú me lo hiciste comprender…”


“Verdad”, digo el escorpión. “Pero no puedo ir contra mi propia naturaleza”.


Desde hace mucho asistimos la terrible historia del escorpión imperialista. Los Estados Unidos terminaron la sangrenta guerra mundial eliminando 200.000 japoneses en pocos segundos. Fue el único país en el mundo que se atrevió a tirar la bomba atómica. El resto del mundo reaccionó y crearon sus poderes nucleares. Esto llevó el mundo al terrible equilibrio nuclear que nos condujo a la situación estratégica de la “destrucción mutua” o

el fin de la humanidad como consecuencia inevitable del holocausto nuclear. Razones del escorpión.

¿Y todas estas guerras que el imperialismo ha hecho desde la II Guerra Mundial para preservar “la democracia occidental cristiana”? Ellas terminaron por mover su propio pueblo en contra de las guerras coloniales como en Vietnam

¿Y su estímulo y entrenamiento a los fundamentalistas islámicos para derrotar la invasión soviética del Afganistán y para detener el avance del partido Baath en el Oriente Medio que luego se convirtió en arma anti norteamericana llevando el terrorismo hacia dentro de los Estados Unidos?

¿Cuántas veces más el escorpión amenazará la supervivencia de la humanidad?

En América Latina el escorpión destruye su posible base de apoyo panamericana. Su desprecio de los pueblos latinos en tan profundo que no consiguió ponerse una sola vez del lado de las fuerzas progresistas en la región. Ni mismo las independencias latinoamericanas, que les interesaban tanto pudieron convertirse en fuente de amistad y colaboración. Ya Bolívar lo percibió. Después Martí lo advinó cuanto previó que el monstro anglosajón se apropiaría finalmente de las luchas por la independencia de Cuba y Puerto Rico para intentar convertirlos en sus colonias.

Véase ahora el caso de Honduras.

Una oportunidad para redimirse del rastro de terror que dejaron en la región los regímenes militares impuestos por los gobiernos estadunidenses. EE.UU. votó con los países latinos que la OEA (que se le escapa de las manos después de servirle tantas veces) pero en seguida demuestra su “n

aturaleza” golpista e antidemocrática al equiparar los golpistas al presidente constitucional que todas las naciones del globo reconocerán como legitimo presidente de Honduras en unas negociaciones más bien dilatorias que eficaces.

Y llegamos a asistir la secretaria de Estado llamar de “imprudente” el intento de presidente constitucional de reingresar a su país. Su discurso fue repetido por el jefe golpista con las mismas palabras. Vamos a morir todos nosotros y la democracia en la región si dependernos del escorpión para a travesar el río de la democratización. Pues ella no vendrá sin una confrontación con el imperialismo estadunidense.

Es increíble ver como el imperio se rebela contra de los resultados de la democratización de la región. La democratización creó gobiernos cada vez más contrarios al reino neoliberal impuesto por las instituciones internacionales impuestas desde Washington. Bajo presión de estas fuerzas, los mandatarios electos contra el neoliberalismo se convirtieron en seguida en sus más fríos ejecutores.

Como reacción al avance de las fuerzas populares en la región mientras se ocupaban de las guerras sin fin en el Medio Oriente fueron rehaciendo sus alianzas con las fuerzas más reaccionarias de la región. Veamos algunas de ellas:

El abogado de los jefes de la droga en Colombia, elegido por los esquemas más terribles del narcotráfico y que se apoya en los asesinos de las pandillas paramilitares. Este es exactamente el gobierno donde se concentran las tropas estadunidenses.

Los separatistas racistas de Bolivia que ponen en riesgo la paz en toda Améric

a del Sur mientras despliegan abiertamente las banderas del racismo anti indígena .

El supuesto heredero peruano de la consigna de la “América indígena” que asume la responsabilidad de la represión a los indígenas y al movimiento popular en el centro mismo del antiguo imperio inca.

El presidente “no elegido” de México.

La oposición golpista de Venezuela que ha recurrido a las formas de lucha más violentas e irracionales.

¿Cuántas aliados más estarán transportando al escorpión asesino y suicida?

Esta política suicida pone en riesgo todos los pueblos de la región. El imperialismo nunca ha sido tan minoritario, violento y abiertamente reaccionario. El gobierno Obama está viviendo su prueba de fuego. Ninguno de sus actos liberales y democráticos fue acatado por el Estado norteamericano.

La minoría republicana ha logrado paralizar todos los avances - aún modestos pero importantes – que inició en contra de la naturaleza mórbida del capitalismo monopolista de Estado en que se funda el imperialismo estadunidense. Tenemos graves enfrentamientos por vivir. El escorpión dominará el siglo XXI y nos arrastrará a la carnicería que nos trajo el nacimiento del capitalismo monopolista con las 2 guerras “mundiales” y las terribles guerras coloniales del siglo XX?

Como vemos, el enfrentamiento regional latinoamericano se desplaza hacia el centro del sistema. La vitoria espectacular de Obama indica claramente el grado de rechazo existente en los EE. UU. en contra de los métodos terroristas de Bush hijo y la pandilla que llevó al poder. Pero los hechos de H

onduras (como el desmonte de Guantánamo, el intento de negociaciones con Irán y de paralización del holocausto dirigido por Israel contra el pueblo palestino, entre otros intentos de cambio estratégico) indican claramente que las fuerzas ultra derechistas continúan firmes y actuantes dentro del Estado norteamericano.

Los Europeos resolvieron intervenir entregando el premio nobel de la paz a Obama, enapoyo a sus buenas intenciones y en rechazo a la oposición derechista republicana.

En este momento se juegan las cartas definitorias de nuestro futuro inmediato: podrá el escorpión imperialista superar su propia naturaleza? Solamente la derrota del imperialismo podrá garantizar la supervivencia de la humanidad. Esta convicción deberá orientar nuestros pasos en esta nueva etapa de lucha en escala mundial.


LAS LECCIONES DE HONDURAS


Theotonio dos Santos


Corre un revelador chiste entre los presidentes latinoamericanos:

- “ - Sabes porque no hay golpes de Estado en los Estados Unidos?

- No!

- Porque en los EE.UU. no hay embajada de EE.UU.”


Además, sabemos que los golpes en Estados Unidos se dan através del asesinato puro y simples de sus presidentes (como en el caso de John Kennedy) o con la ayuda de la Suprema Corte para impedir el recuento de los votos ( como en el caso de de Bush) .


Apesar de estos y muchos otros precedentes, vemos ahora los líderes del Partido Demócrata indignarse con la falta de recontaje de votos en Irán, acusado de ser una tremenda dictadura.


Pero cual es la lección de Honduras? Por la primera vez en la historia, los Estados Unidos apoyan la condena de un golpe de Estado en América Latina permitiendo que se realize una condena unánime de un acto de fuerza militar en todas organizaciones internacionales.


Esto quiere decir que de esta vez la embajada americana no participó del acto de fuerza? Desgraciadamente no.


De manera indiscreta, un diputado de la derecha hondureña reveló publicamente la conspiración que mantenían los golpistas con la embajada de EE.UU.


Él lo hizo en la memorable sección de primitivo disfráz democrático en la cual se realizó la “elección” del “sucesor” del presidente Zelaya, que hubiera renunciado según la carta falsa leída por este bizoño “sucesor”, que se olvidó de forjar una carta de renuncia del vice-presidente, a quien cabería suceder al presidente secuestrado.


Esta sección fue transmitida por la Radio Globo de Honduras, última a ser silenciada por los “demócratas” del “gobierno provisorio”.


Según este diputado, el embajador de Estados Unidos, que aprobaba la mobilizació

n golpista, había estado en contra de realizar el golpe antes de la consulta popular, apodada de “referendum” por la suprema corte hondureña y por la gran imprensa internacional que busca desesperadamente justificar el golpe.


Sería muy difícil creer que el gobierno de Estados Unidos estuviera ausente de la conspiración en un pais que sirvió de base a sus organizaciones militares mercenarias que desestabilizaran el gobierno legítimo de los sandinistas. En este mundo de contra información en el cual vivemos, escuché al locutor de la TV Globo News en Brasil decir que las organizaciones militares de los “contras” hondureños luchavan contra los “guerrilleros” nicaraguenses.


Sabemos todos los altos costos de estas operaciones de guerra de baja intensidad, las cuales pueden servir de modelo de corrupción para las organizaciones de respecto a los derechos humanos y transparencia. El congreso de Estados Unidos se ocupó de revelarnos los detalles tenebrosos de la operación triangular en contra del gobierno sandinista, comandada por el entonces vice-presidente de Estados Unidos, George Bush:


El gobierno de Estados Unidos expandió las operaciones del contrabando de drogas a partir de Colombia a través de los “contra” hondureños, costarricences y salvadoreños. Sus ganancias servían para financiar sus operaciones y, al mismo tiempo, para comprar armas para el eterno “enemigo” público de EE.UU., el gobierno del Irán.


Apesar de sus diferencias, los líderes religiosos iranis habían acordado con el entonces

candidato George Bush prolongar el secuestro de los norteamericanos prisioneros en su embajada en Teherán para desmoralizar a Carter y permitir la victoria electoral de Reagan en cambio de esta ayuda miligar secreta.


Inmediatamente surgen las acusacones de que este tipo de información hace parte de teorías “conspirativas”. Sin embargo, estamos nos refiriendo a los hechos revelados por las investigaciones del congreso de Estados Unidos que, al que todo indica, sí cree en las conspiraciones, exitosas o fracasadas.


Estas conclusiones se refuerzan con los planteamientos de Ramsey Clark y el Obispo Filipe Teixeira de la Diocese Saint Francis of Assisi, en su mensage urgente al Presidente de Estados Unidos:


“Tomando en consideración:


1. la cercana colaboración de los militares de Estados Unidos con el ejército hondureño manifestado por el entrenamiento y los ejercicios comunes;


2. el papel de la base militar Soto Cano, ahora bajo el comando del coronel Richard A. Juergens, quien era Director de Operaciones Especiales durante el secuestro en febrero del 2004 del Presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide;


3. que el jefe del Estado Mayor del ejército hondureño general Romeo Vásquez fue entrenado en la Escuela de las Américas de los EEUU;


4. Que el Secretario Adjunto de Estado Thomas A. Shannon Jr. y el Embajador de los EEUU en Honduras, Hugo Llorens estaban plenamente enterados de los conflictos que conducían al golpe

militar,


Concluimos que el gobierno de Estados Unidos tiene responsabilidad del golpe y está obligado a exigir que el ejército hondureño regrese al orden constitucional y evite acciones criminales contra el pueblo hondureño.


Por lo tanto insistimos, por de la paz en la región, que el presidente Barack Obama corte inmediatamente toda la ayuda y las relaciones con el ejército de Honduras y suspenda todas las relaciones con el gobierno de Honduras hasta que el Presidente constitucional regrese a su puesto.”


En resumen, el curriculum norte americano en Honduras muestra la dificultad de confiar en sus designios democráticos en la región. Quizás la vuelta de los sandinistas y de los revolucionarios salvadoreños al gobierno después de años de brutal represión en sus países haya enseñado algo a la diplomacia estadounidense, aún vacilante en condenar definitivamente el golpe de Estado hondureño.


La prensa internacional expresa estas vacilaciones al llamar a Zelaya de presidente “depuesto” y al golpista Roberto Micheletti de presidente “interino”; al llamar la consulta no vinculatoria propuesta por Zelaya para crear un Constituyente de “referendum” para perpetuarlo en el poder. Cosas que no se escucha sobre el presidente asesino de Colombia que busca el tercer período presidencial, ni se escuchaba sobre las pretensiones reeleccionistas de Fujimori o Menen o Fernando Henrique Cardoso.


Es también revelador de sus motivaciones la ausencia de referencia en la prensa a la falsa carta de renuncia del presidente Zelaya leída en el parlamento para justificar la elección de su sucesor. Es cómico que se afirme que este señor fue elegido por unanimidad cuando no comparecieron a esta sección los

diputados gobiernistas amenazados de prisión. Por fin, entre otras insidiosas tergiversaciones, se pretende que hay confronto más o menos igual entre los defensores del golpe armados y los desarmados protestos en contra del mismo.


Todo esto y las declaraciones de la secretaria Hilary Clinton sobre el necesario respecto de las instituciones hondureñas que tienen acuerdos con E.E.U.U. nos muestra que hay divergencias

dentro del gobierno de los EE.UU. Con el fantástico apoyo internacional con el cual cuenta el presidente Zelaya, se está buscando obligarlo a una negociación espuria con los golpistas. Hasta hoy la justicia venezolana no acepta definir como un golpe de Estado lo que realizaron sus gorilas locales en 2002. Imagínese lo que van a proponer en Honduras...


Zelaya y el pueblo hondureño tienen muchas dificultades por el frente pero no deben acobardarse delante de ellas. No tiene porque bajar su cabeza frente a los mercenarios y sus jefes, ni frente a los golpistas que son despreciados por toda la humanidad, a pesar de los apoyos abiertos o mismos disfrazados de los grandes medios de comunicación.


Fonte das fotos: a primeira foi extraída do site último segundo ; a segunda foi extraída do site política externa.


Busca