quinta-feira, 14 de maio de 2009

ECONOMIA POLÍTICA MARXISTA:UM BALANÇO

por Theotonio Dos Santos

Por toda parte vemos hoje fortes críticas à economia como ciência ou como
fundamento válido para as políticas econômicas (1). Estes ataques questionam a
legitimidade e as pretensões científicas da teoria econômica. Este ceticismo é, de fato,conseqüência do desvio da chamada teoria econômica para uma temática e uma
metodologia que restringem drasticamente seu alcance e sua relevância. E isto ocorre num momento em que se amplia, em vez de restringir-se, o campo dos fenômenos estudados pela economia política em suas origens e suas interações.

A ECONOMIA POLÍTICA E A ECONOMIA NACIONAL

De fato, nas suas origens, ela foi Economia Política. Ou seja, ela tinha a pretensão
de analisar o ciclo econômico, e o esquema da produção e da circulação no interior de um Estado Nacional e suas relações com outras economias nacionais. As principais questões econômicas foram, assim, confinadas ao nível nacional. Os economistas clássicos propunham-se a romper com as preocupações dos mercantilistas, para os quais o fenômeno comercial e a relação da nação com a economia internacional apareciam como fundadores da análise econômica. Quesnay voltou-se para o processo produtivo e para a produção e a circulação da riqueza no interior de cada nação. A partir deste momento, a economia política clássica seguiu o mesmo caminho. Adam Smith e Ricardo vão encontrar o fundamento da riqueza nacional no processo de trabalho e no valor que vincula o trabalho ao processo de circulação. Eles desenvolveram uma análise científica do processo de produção e de circulação.

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